Paulo Alexandre é "menino mimado", diz presidente do PT de Santos



Após a proposta de reajuste salarial de 1,5%, os servidores públicos de Santos entraram em greve no dia 26 de fevereiro. A Prefeitura se defendeu dizendo não ter condições financeiras para propor um índice melhor aos trabalhadores.

Em entrevista realizada por telefone na última terça-feira, o presidente do PT em Santos, Cecílio Melo, declarou que o reajuste oferecido aos servidores teria que, no mínimo, acompanhar a inflação, que atualmente gira em torno dos 5,7%. Melo também acredita que Paulo Alexandre não se preocupa com o servidor, pois seria um um "menino mimado" que não entende a situação do servidor, que irá trabalhar preocupando-se em como vai conseguir pagar suas contas. 

O petista não acredita na justificativa dada pelo prefeito (de que o Orçamento do Município está deficitário); para ele, não existe déficit na Prefeitura, mas sim, um superávit; cita como exemplo a arrecadação que o ISS do porto proporciona – mais de R$ 1 bilhão por ano –, o reajuste de 9% nos vencimentos do próprio Paulo Alexandre e de seu secretariado, e o contrato de terceirização com a Terracom, no valor de R$ 76 milhões, segundo ele.
Por fim, Melo disse que a greve é o ultimo, porém necessário recurso para fazer valer o direito do trabalhador.

O outro lado 

Uma pessoa ligada à atual administração da prefeitura julga o reajuste como uma armadilha da antiga gestão:
“Houve um acordo, realizado entre a gestão Papa e a direção anterior do sindicato, onde o reajuste de 1,5% seria aceito, mas em contrapartida a Prefeitura arcaria com outros benefícios, como a concessão de cestas básicas para os professores – que não existia antes –, aumento na categoria da cesta básica para o nível P e aumento de 1% de contribuição para o Capep (plano de saúde) nos próximos 4 anos.
Quando o Aquino não ganhou e o Paulo entrou quiseram renegociar, mas o acordo já estava feito e incluso na nova lei orgânica. Na verdade queriam negociar duas vezes para melhorar as condições.”

Essa pessoa também confirmou os dados divulgados pela prefeitura em nota oficial, de que nos 3 meses de campanha, a gestão Papa inflacionou a folha em 22,78%. E afirma que tudo não passa de uma tática para que o prefeito Paulo Alexandre seja obrigado a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina que um município não pode usar mais que 51,3% de seu Orçamento com pagamento de salários aos servidores.
"E se não encontrarmos uma solução, em agosto atingimos o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal; isso acontecendo, o prefeito não pode se reeleger, não poderemos mais receber recursos do governo federal, estadual e nem do BNDS, a cidade pára... Tudo armado para que se mude a gestão daqui a 4 anos.”

Confira agora a nota oficial da Prefeitura de Santos, sobre a proposta de reajuste aos servidores:

Opinião Caiçara

O fato é que, independentemente da saúde financeira da Prefeitura, que diz sofrer com uma dívida de R$ 40 milhões, herdada da gestão anterior, e ter boa parte da receita já comprometida, o PSDB tinha o Vice-prefeito e o Secretário de Finanças da antiga gestão; com isso, deveria saber da situação financeira da cidade.
Então, por que o senhor Prefeito fez a promessa de um reajuste “real e acima da inflação” na sua campanha?

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